terça-feira, 16 de julho de 2013

A FÉ (…)

“Ora, a fé é a certeza de coisas que se esperam, a convicção de fatos que se não vêem.” – (Hebreus 11.1).

O Mundo atual vive dividido com o que realmente significa a fé. Na Igreja Primitiva, os Apóstolos sabiam exatamente o que era a fé, tanto que pregavam A Palavra de Deus sem se preocuparem com o que os outros achavam e com o que estavam sentindo.

Hoje em dia, verificamos um apelo emocional muito grande, fazendo com que o cristão fique preso à emoção e desejo de SENTIR Deus. O maior desejo da pessoa é sentir Deus, é sentir um arrepio, sentir um calor, para que se tenha certeza que Deus está alí e que olhou para ela. Comparar essa vontade gritante de sentir com a fé, é uma total falta de de entendimento.

(…)

A fé é a certeza e mais nada além disso.

Diante disso, fazemos uma pergunta: como ter essa certeza?

Não é um enigma viver na certeza, basta apenas deixar os sentimentos de lado, pelo menos com respeito às coisas de Deus. Na passagem acima, verificamos que a fé é a certeza das coisas que se esperam, a convicção de fatos que se não vêem.

Se a fé é a convicção de um fato que se não vê, então os olhos que representam os sentidos estão excluídos. Viver na convicção de um fato sem ver, é viver fora dos sentidos, pois os olhos representam os sentidos.

Quem quer se libertar da dúvida, não pode querer viver para sentir Deus, sentir um arrepio ou algo parecido, tem que viver para ouvir Sua voz, raciocinar na Sua Palavra e colocá-la em prática, que é algo que os Apóstolos da Igreja Primitiva faziam.

Os 5 sentidos do corpo humano são o olfato, a audição, o paladar, o tato e a visão. Como a fé se encontra no espírito humano que representa a mente, então a fé não está associada aos sentidos humanos. Ela não faz parte disso, ela faz parte da razão e dos pensamentos.

E agora vem outra pergunta: a razão e os pensamentos sentem?

Agora estamos vivos juntamente com Cristo; Ele se tornou nossa nova vida. Somos um novo homem; temos um novo começo e podemos viver uma nova maneira de vida. Tudo isso são Obras de Deus realizadas em Cristo.

O homem nada pode fazer aqui. Tudo o que ele pode fazer é crer e aceitar. Somente a religião comum é que pede que o homem melhore, trabalhe e mortifique-se. Mas Cristo está aqui para ser nossa vida.

Sabemos que cada dom perfeito que Deus nos oferece, é dado para refutar e contrariar um mal contrastante. Ele nos dá justificação, porque existe condenação. Oferece-nos vida eterna, porque há a morte. Oferece-nos perdão, porque existem pecados. Traz-nos salvação, por quê? Justificação relaciona-se à condenação, o céu ao inferno, o perdão aos pecados. Então, com o que se relaciona a salvação?

Salvação, veremos, está relacionada ao Kosmos, o mundo.

Satanás é o inimigo pessoal de Cristo. Ele opera através da carne do homem para produzir seu padrão de coisas sobre a Terra, com a qual todos ficamos envolvidos, nenhum de nós está isento.

E todo este padrão cósmico está particularmente em disputa com Deus o Pai. Creio que todos sabemos como as 3(três) forças negras, o mundo, a carne e o diabo estão em oposição ao Reino, sistema e existências da divindade de Deus, Seu Filho Jesus Cristo, bem como ao próprio Espírito do Eterno e auto-existente Deus. A carne está alinhada contra o Espírito Santo como Parácleto (Defensor, protetor ou mentor), o próprio Satanás contra o Senhor Jesus Cristo e o mundo contra o Pai como Criador.

Assim, salvação não é tanto uma questão pessoal de pecados perdoados ou inferno evitado. Precisa ser encarada mais em termos de um sistema do qual saímos. Quando sou salvo, faço meu êxodo de um mundo inteiro e minha entrada em um outro. Sou salvo agora de todo aquele império organizado que Satanás construiu em desafio ao propósito de Deus. Muito sério isso, não?

Santidade em nós é o que é de Deus, o que está totalmente separado para Cristo. Segue a regra de que somente o que se originou do céu, retorna para lá; pois nada mais é santo. Retire-se esse princípio de santidade e estamos intantâneamente em Babilônia.

Mas o problema é, quantos de nós estamos conscientes disso? Mesmo aqueles dentre nós que vivem na separação de suas casas particulares, estão tão propensos a serem presas da soberba da vida, quanto os que tem grande sucesso público. Uma mulher em uma modesta cozinha pode tocar o mundo em sua complacência mesmo enquanto estiver preparando a refeição diária ou entretendo convidados.

Toda a glória que não é para a Glória de Deus é vanglória, e são surpreendentes os sucessos insignificantes que podem causar vanglória. Onde quer que encontremos o orgulho, encontramos o mundo, e há uma perda imediata de nosso relacionamento com Deus. Oh, que Deus nos abra os olhos para vermos claramente o que é o mundo! Não apenas as coisas más, mas todas aquelas que nos afastam tão gentilmente de Deus; são unidades daquele sistema que é antagônico a Ele.


Contentamento na realização de um trabalho, tem o poder de se colocar de imediato entre nós e Deus. Pois se é soberba da vida e não o louvor a Deus que desperta em nós, podemos saber com certeza que tocamos o mundo. Dessa forma, há uma necessidade constante de vigiar e orar, se quisermos manter pura comunhão com Deus. Profundo.

Louvado seja Deus!

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