A FÉ (…)
“Ora,
a fé é a certeza de coisas que se esperam, a convicção de fatos que se não
vêem.” – (Hebreus 11.1).
O
Mundo atual vive dividido com o que realmente significa a fé. Na Igreja
Primitiva, os Apóstolos sabiam exatamente o que era a fé, tanto que pregavam A
Palavra de Deus sem se preocuparem com o que os outros achavam e com o que
estavam sentindo.
Hoje
em dia, verificamos um apelo emocional muito grande, fazendo com que o cristão
fique preso à emoção e desejo de SENTIR Deus. O maior desejo da pessoa é sentir
Deus, é sentir um arrepio, sentir um calor, para que se tenha certeza que Deus
está alí e que olhou para ela. Comparar essa vontade gritante de sentir com a
fé, é uma total falta de de entendimento.
(…)
A
fé é a certeza e mais nada além disso.
Diante disso, fazemos uma
pergunta: como ter essa certeza?
Não
é um enigma viver na certeza, basta apenas deixar os sentimentos de lado, pelo
menos com respeito às coisas de Deus. Na passagem acima, verificamos que a fé é a certeza das coisas que se esperam,
a convicção de fatos que se não vêem.
Se
a fé é a convicção de um fato que se não vê, então os olhos que representam os
sentidos estão excluídos. Viver na convicção de um fato sem ver, é viver fora dos sentidos, pois os
olhos representam os sentidos.
Quem
quer se libertar da dúvida, não pode querer viver para sentir Deus, sentir um
arrepio ou algo parecido, tem que viver para ouvir Sua voz, raciocinar na Sua
Palavra e colocá-la em prática, que é algo que os Apóstolos da Igreja Primitiva
faziam.
Os
5 sentidos do corpo humano são o olfato, a audição, o paladar, o tato e a
visão. Como a fé se encontra no espírito humano que representa a mente, então a
fé não está associada aos sentidos humanos. Ela não faz parte disso, ela faz
parte da razão e dos pensamentos.
E agora vem outra
pergunta: a razão e os pensamentos sentem?
Agora
estamos vivos juntamente com Cristo; Ele se tornou nossa nova vida. Somos um
novo homem; temos um novo começo e podemos viver uma nova maneira de vida. Tudo
isso são Obras de Deus realizadas em Cristo.
O
homem nada pode fazer aqui. Tudo o que ele pode fazer é crer e aceitar. Somente
a religião comum é que pede que o homem melhore, trabalhe e mortifique-se. Mas
Cristo está aqui para ser nossa vida.
Sabemos
que cada dom perfeito que Deus nos oferece, é dado para refutar e contrariar um
mal contrastante. Ele nos dá justificação, porque existe condenação. Oferece-nos
vida eterna, porque há a morte. Oferece-nos perdão, porque existem pecados.
Traz-nos salvação, por quê? Justificação relaciona-se à condenação, o céu ao
inferno, o perdão aos pecados. Então, com o que se relaciona a salvação?
Salvação, veremos, está relacionada ao
Kosmos, o mundo.
Satanás
é o inimigo pessoal de Cristo. Ele opera através da carne do homem para produzir
seu padrão de coisas sobre a Terra, com a qual todos ficamos envolvidos, nenhum
de nós está isento.
E
todo este padrão cósmico está particularmente em disputa com Deus o Pai. Creio
que todos sabemos como as 3(três) forças negras, o mundo, a carne e o diabo
estão em oposição ao Reino, sistema e existências da divindade de Deus, Seu
Filho Jesus Cristo, bem como ao próprio Espírito do Eterno e auto-existente
Deus. A carne está alinhada contra o Espírito Santo como Parácleto (Defensor,
protetor ou mentor), o próprio Satanás contra o Senhor Jesus Cristo e o mundo
contra o Pai como Criador.
Assim,
salvação não é tanto uma questão pessoal de pecados perdoados ou inferno
evitado. Precisa ser encarada mais em termos de um sistema do qual saímos.
Quando sou salvo, faço meu êxodo de um mundo inteiro e minha entrada em um
outro. Sou salvo agora de todo aquele império organizado que Satanás construiu
em desafio ao propósito de Deus. Muito sério isso, não?
Santidade
em nós é o que é de Deus, o que está totalmente separado para Cristo. Segue a
regra de que somente o que se originou do céu, retorna para lá; pois nada mais
é santo. Retire-se esse princípio de santidade e estamos intantâneamente em
Babilônia.
Mas
o problema é, quantos de nós estamos conscientes disso? Mesmo aqueles dentre
nós que vivem na separação de suas casas particulares, estão tão propensos a
serem presas da soberba da vida, quanto os que tem grande sucesso público. Uma
mulher em uma modesta cozinha pode tocar o mundo em sua complacência mesmo enquanto
estiver preparando a refeição diária ou entretendo convidados.
Toda
a glória que não é para a Glória de Deus é vanglória, e são surpreendentes os
sucessos insignificantes que podem causar vanglória. Onde quer que encontremos
o orgulho, encontramos o mundo, e há uma perda imediata de nosso relacionamento
com Deus. Oh, que Deus nos abra os olhos para vermos claramente o que é o
mundo! Não apenas as coisas más, mas todas aquelas que nos afastam tão
gentilmente de Deus; são unidades daquele sistema que é antagônico a Ele.
Contentamento
na realização de um trabalho, tem o poder de se colocar de imediato entre nós e
Deus. Pois se é soberba da vida e não o louvor a Deus que desperta em nós,
podemos saber com certeza que tocamos o mundo. Dessa forma, há uma necessidade
constante de vigiar e orar, se quisermos manter pura comunhão com Deus.
Profundo.
Louvado seja Deus!
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