INTRODUÇÃO:
Este
breve estudo é continuação da PARTE anterior em que discorremos sobre alguns
versículos PAULINOS que necessitavam de explicação quanto a questão da
"LEI" - TORÁH. Recebi muitas solicitações de leitores e alunos para que explicasse
outros versículos que são considerados por muitos intérpretes da Bíblia como
sendo contrários à "TORÁH" e a seus PRINCÍPIOS. Se você leitor está lendo esta
matéria sem ter consultado a anterior (Paulo e a Toráh), aconselho que você leia
pelo menos a introdução desta.
"Os profetas e a lei profetizaram até João" - (Mateus 11.13)
Este texto apesar de não ser de PAULO, infelizmente é mal interpretado por
alguns supondo que a "TORÁH" só teve duração até JOÃO BATISTA. A pergunta que se
deve fazer ao ler este texto é:
Profetizaram o quê?
Todos os "PROFETAS" e a "TORÁH" profetizaram o MESSIAS - JESUS. Pela tradição judaica o "PROFETA ELIAS" viria para ANUNCIAR o "MESSIAS", encerrando as profecias
concernentes à sua manifestação. Tanto é assim que pelo contexto (v.14) diz:
"E, se o quereis reconhecer, ele mesmo é Elias, que estava para vir".
Sim, esta é a profecia que se encerra com "JOÃO". As PROFECIAS MESSIÂNICAS.
A interpretação errada deste texto está em afirmar que a e os "NEVIIM" deixaram
seu valor em "JOÃO". Esta é uma interpretação tendenciosa e sem sentido.
Para
piorar a situação a VERSÃO ALMEIDA REVISTA e ATUALIZADA, edição largamente
utilizada entre evangélicos e cristãos no Brasil, em Lucas traz uma tradução
diferente do original: “A Lei e os Profetas vigoraram até João...” (Lucas 16.16
– ARA). Mais, uma vez uma demonstração clara da tendenciosidade de algumas
traduções cristãs em relação à "LEI".
Vejamos como está no ORIGINAL grego: "o
nomoV kai oi profhtai ewV Iwannou" (Ró nómos kai ori profetai eôs Iôannú).
Simplesmente não existe a palavra “VIGORARAM”, no ORIGINAL a TRADUÇÃO LITERAL deveria ser: “A Lei e os Profetas até João”. Simplesmente O TRADUTOR inseriu
sua "TEOLOGIA ANTINOMINISTA" (contra a lei) em sua versão, subtendendo que a "TORÁH" e
os "PROFETAS" tiveram VALIDADE até "JOÃO BATISTA", o que sem dúvida é um erro,
conforme vimos nos comentários iniciais.
"Pois quando se muda o sacerdócio, necessariamente há também mudança de
lei (...) Portanto, por um lado, se revoga a anterior ordenança, por causa de
sua fraqueza e inutilidade" - (Hb 7.12 e 18)
Em que aspecto houve mudança de lei? Se observarmos com cuidado o contexto
perceberemos que o autor trata da substituição (de certa forma) da lei do
sacerdócio levítico por um sacerdócio superior conforme o Sl 110.4 que é citado
no versículo 17 que diz: "Tu és sacerdote para sempre, segundo a ordem de
Melquisedeque". Claro se o sacerdócio de Melquisedeque é declarado eterno
(para sempre) o sacerdócio levítico é inferior àquele. Por isso diz ainda o versículo
14: "pois é evidente que nosso Senhor procedeu de Judá, tribo à qual
Moisés nunca atribuiu sacerdotes". e ainda v.15: "quanto à semelhança
de Melquisedeque, se levanta outro sacerdote..."
Quem é este sacerdote? "YESHUA".
Yeshua não podia exercer sacerdócio segundo a carne, pois era da tribo de Judá,
ofício restrito (na terra) aos da tribo de Levi. Mas, ele exerce superior
sacerdócio junto ao pai segundo a ordem de Melquisedeque. Pois o sacerdó de "YESHUA" não é: "...segundo a regra de uma prescrição carnal, mas de acordo
com o poder de uma vida imperecível" - (v.16 - Verão da Bíblia de Jerusalém
- Edições Paulinas).
O que quer dizer este texto? Que a lei é carnal? Que os mandamentos são
carnais? Obviamente que não, pois como disse PAULO: "Porque sabemos que a
lei é espiritual..." (Rm 7.14). Na verdade o texto se refere a linhagem de
sacerdotes segundo a carne, o sacerdócio levítico. A prescrição da "TORÁH" que
estabelece o sacerdócio terreno, ou seja, os da Casa de Levi.
A Bíblia de Jerusalém comenta que esta regra "carnal" é: "Aquela
que reserva o sacerdócio de Levi exclusivamente à sua descendência
carnal". Neste aspecto podemos concluir que não foi a "TORÁH" que foi
suplantada, mas "uma LEI da TORÁH", a LEI do SACERDÓCIO LEVÍTICO, deu lugar ao SACERDÓCIO SUPERIOR, o de "YESHUA HÁ MASHIÁCH. Mesmo assim, observe que O PRINCÍPIO DE MEDIAÇÃO através de um sacerdote foi mantido. Este princípio está
na "TORÁH", a necessidade de um mediador é UM PRINCÍPIO ETERNO.
Percebemos então que "YESHUA" é um SUMO SACERDOTE, cujo serviço é prefigurado no
ministério do sacerdote MELQUISEDEQUE, soberano e acima do sacerdócio levítico.
Sendo assim, a "LEI da TORÁH" que dizia que só os sacerdotes levitas podiam se
achegar em intercessão a D'US(Deus), foi suplantada por um sacerdócio celestial e
superior. Por isso ainda diz: "Com efeito, nos convinha um sumo sacerdote
como este, santo, inculpável, sem mácula, separado dos pecadores e feito mais
alto do que os céus (...) Porque a Torá constitui sumos sacerdotes a homens
sujeitos à fraqueza, mas a Palavra do juramento, que foi posterior à lei,
constitui o Filho, perfeito para sempre" - (Hb 7.26 e 28). A "PALAVRA do JURAMENTO" se refere à PROMESSA que o ETERNO fez no Salmo 110.4:
"O Senhor jurou e não se arrependerá: Tu és sacerdote para sempre, segundo
a ordem de Melquisedeque", este juramento perpetua o sacerdócio de "YESHUA".
O texto em nenhum momento faz referência a mudança da "TORÁH" por outra "Toráh". Mas,
na mudança de uma lei, a do sacerdócio levítico.
NOTA:
MELQUISEDEQUE foi o misterioso Sacerdote-Rei de SALÉM (Gn 14.18-20 ler)
que abênçoa ABRÃO(posteriormente chamado de ABRAÃO). Uma doutrina judaica do Século I, era que MELQUISEDEQUE foi
uma prefiguração do MASHIÁCH - MESSIAS.
SALÉM era o antigo nome de "YERUSHALAIM" - JERUSALÉM, cuja raiz
vem de "SHALOM" - PAZ, e MELQUISEDEQUE vem do hebraico: "MALKI-TSEDEK" que pode ser
traduzido como: REI da JUSTIÇA.
"Porque, se aquela primeira aliança tivesse sido sem defeito, de maneira
alguma estaria sendo buscado lugar para uma segunda (...) Quando ele diz Nova,
torna antiquada a primeira. Ora, aquilo que se torna antiquado e envelhecido
está prestes a desaparecer" - (Hebreus 8.7 e 13).
Sem dúvida busca-se uma "NOVA ALIANÇA", foi o próprio Profeta JEREMIAS quem a
profetizou, por isso o autor de Hebreus cita-o nos versículos de 7 à 11. A PRIMEIRA ALIANÇA "era imperfeita por causa do endurecimento do coração do homem".
Um coração que não queria andar voluntariamente nos mandamentos do SENHOR. Por isso
procurou-se "A NOVA ALIANÇA" - vs..13.
"Quando ele diz NOVA, torna antiquada a primeira. Ora, aquilo que se torna
antiquado e envelhecido está prestes a desaparecer". Sem dúvida! Está PRESTE, mas ainda não desapareceu. O fato de uma ALIANÇA ser antiga, não quer
dizer que ELA tenha desaparecido. Obviamente A NOVA ALIANÇA não se cumpriu
plenamente, quando isto se cumprir A ANTIGA ALIANÇA será plenamente suplantada
dando lugar à ETERNIDADE.
A idéia "DISPENSACIONALISTA" de que uma ALIANÇA anula a anterior é vaga, todas as ALIANÇAS estão de pé, obviamente que os acréscimos trazidos por uma ÚLTIMA ALIANÇA são SUPERIORES aos dos "pactos" ANTERIORES, mas isto não quer dizer necessariamente "abolição".
O problema está em desassociar a "TORÁH" - LEI da ALIANÇA. A imagem que um cristão
geralmente tem é que A NOVA ALIANÇA é um "PACTO de GRAÇA" enquanto "A Primeira ALIANÇA é de LEI".
Esta idéia é imprecisa, pois quando A NOVA ALIANÇA foi prometida pelo ETERNO através do Profeta JEREMIAS (citado pelo
próprio autor de Hebreus), ele disse: "(...) firmarei Nova Aliança com a
casa de Israel e com a casa de Judá (...) porque esta é a aliança que firmarei
com a casa de Israel depois daqueles dias, diz o Senhor: Na sua mente
imprimirei AS MINHAS LEIS, também sobre o seu coração as inscreverei (insculpindo, entalhando)..." - (Jr 31.31-34 e Hb 8.8,10).
A NOVA ALIANÇA não é uma "ALIANÇA sem LEI" (anti-nominiana).
Então O QUE MUDA? Ou em que aspecto A NOVA ALIANÇA é melhor
que a primeira?
Ela é melhor e diferente porque a "TORÁH" agora MUDA de POSIÇÃO!
Antes, ela estava em tábuas de pedras, a pedra é um REFLEXO do CORAÇÃO endurecido do homem. Mas, graças ao sangue da NOVA ALIANÇA, hoje esta "TORÁH" está IMPRESSA no CORAÇÃO de todo AQUELE QUE É FIEL a "YESHUA HÁ MASHIÁCH", corações
REGENERADOS estão condicionados a receberem os PRECEITOS ETERNOS.
"Porque a lei do Espírito da vida, no Messias Yeshua, te livrou da lei do pecado e da morte" - (Rm 8.2).
Lendo esse texto SEM MEDITAR, podemos ser levados a acreditar que existem duas
"LEIS". Uma LEI que é do ESPÍRITO no MESSIAS - MASHIÁCH e outra - a LEI do PECADO e da MORTE.
Na verdade PAULO não está fazendo referência a uma LEI do PECADO (judaica) e
outra LEI ESPIRITUAL (de Cristo). Quando se diz "LEI", neste caso, faz-se
referência, "À TORÁH do MESSIAS", que não é outra se não a mesma que foi dada a
MOISÉS no MONTE SINAI, mas em NOVAS CONDIÇÕES.
Vejamos o contexto: "Porquanto o que fora impossível à lei, no que estava
enferma pela carne, isso fez D'us enviando o seu próprio Filho em semelhança de
carne pecaminosa e no tocante ao pecado; e, com efeito, condenou D'us, na
carne, o pecado, a fim de que a ordenança da Torá se cumprisse em nós, que não
andamos segundo a carne, mas segundo o Espírito" - (Rm 8.3 e 4).
A expressão usada no versículo 3 "IMPOSSÍVEL", é a palavra grega "ADYNATON" [adunaton]. Ela é formada pela preposição negativa "a" e
pela raiz "DINÂMIS" (poder). Na verdade esta palavra significa
precisamente: "SEM PODER". Com esta informação vamos analisar o
versículo com mais atenção.
A "TORÁH" tem poder quando aplicada de forma correta. Mas, torna-se ineficaz
quando praticada por um coração incircunciso, não regenerado.
O texto ainda diz
que a "TORÁH" estava "ENFERMA" por causa da carne ou da carnalidade do homem.
Observe, que o problema não é a LEI, mas o homem escravo do pecado e sua
frustrada tentativa de se tornar justo através de seu esforço em cumprir a
"LEI". Nesta tentativa carnal de ser obediente aos preceitos de D'US(Deus), a "TORÁH" ao
invés de ser um instrumento de vida para o homem, torna-se para este indivíduo
não restaurado, UM INSTRUMENTO de "pecado" e de "morte", o
que é UM DESRESPEITO aos estatutos e mandamentos do ETERNO. Por isto ela (a TORÁH) estava "SEM PODER".
Então QUAL FOI A SOLUÇÃO DE D'US(Deus), para este problema da obediência carnal?
Diz
ainda: "enviando o seu próprio Filho em semelhança de carne pecaminosa e no
tocante ao pecado; e, com efeito, condenou D'us, na carne, o pecado...".
Perfeita a OBRA de D'US(Deus)! Já que o problema do homem em cumprir os mandamentos
de D'US era a carne, então D'US envia SEU FILHO como o homem, semelhante ao
pecador, para DESTRUIR O PECADO que tanto impedia o homem de cumprir os
mandamentos de D'US.
D'US fez tudo isso PARA QUÊ?
"A fim de que o ESTATUTO DA LEI se cumprisse em nós, que não andamos
segundo a carne, mas segundo o Espírito" - (v.4).
Agora, libertos do pecado
pelo SACRIFÍCIO do MESSIAS o ESTATUTO da "TORÁH" se cumpre no indivíduo.
Antes
cumpríamos a "TORÁH", mas agora, ELA se cumpre em nós. Sendo assim, agora, a "TORÁH" volta ao seu propósito original: SER UMA "TORÁH DO ESPÍRITO DA VIDA" e não MAIS UMA "TORÁH DO PECADO E DA MORTE" - (v.2).
Este dualismo "TORÁH VIDA" x "TORÁH MORTE", é comum na tradição judaica conforme o "TALMUD": “Rabi Iehoshua ben Levi disse: Qual é o significado do versículo? E
esta é a Torá que Moshê colocou perante os Filhos de Israel [Deuteronômio
4:44]? Isso significa que se uma pessoa é meritória [merecer], ela [a Torá]
será para a mesma um elixir que concede vida; mas se não, ela [a Torá] se
tornará um veneno mortal. Isso é o que Rabá quis dizer quando ele disse: se ele
usá-la de modo direito, ela [a Torá] é uma medicina de vida para ele, mas se
alguém não usá-la de modo direito, ela é um veneno mortal” - (Yomá 72b).
"Todos quantos, pois, são das obras da lei estão debaixo de maldição;
porque está escrito: Maldito todo aquele que não permanece em todas as coisas
escritas no Livro da lei, para praticá-las" - (Gl 3.10).
O APÓSTOLO PAULO constantemente faz uso das expressões "OBRAS DA LEI" e
"SOB A LEI".
O intérprete deve tomar cuidado com estas expressões. De
forma alguma PAULO pode estar dizendo que a prática de "TORÁH" - LEI, traz maldição
e tão pouco que a "TORÁH é maldita", obviamente. Pois, o mesmo PAULO diz que a "TORÁH é santa, justa e boa" - (Rm 7.12). Na verdade, este texto é uma exortação
direta de Paulo ao legalismo.
MAS, o que é "LEGALISMO"?
LEGALISMO é a prática da "TORÁH" com fins de
justificação (salvação), sem fazer uso da fé no MESSIAS - MASHIÁCH e em sua obra no
madeiro(cruz), o que é um erro. A "TORÁH" nunca foi dada para salvar o pecador ela tem a
função de PRESERVAR o salvo no MESSIAS - MASHIÁCH. Como não existia a expressão
"LEGALISMO" em grego, O APÓSTOLO PAULO usa a expressão "sob a lei" e
"obras da lei" como sinônimos da prática legal a fim de se alcançar
salvação.
Citarei um famoso hermeneuta cristão: "Os argumentos de Paulo em
Gálatas não eram contra a lei, mas contra o legalismo - essa perversão que diz
que a salvação pode ser obtida mediante a observância da lei...O legalismo nada
mais era do que a tentativa de ganhar a salvação mediante a guarda da lei" - (Virkler, Henry A. - Hermenêutica Avançada - Editora Vida - Pg. 109 - 1998 - 5º
Impressão).
Uma pessoa que tenta justificar - se unicamente pela PRÁTICA da "TORÁH", estará sob
maldição. Por quê? Ao tentar se justificar pelas "OBRAS da TORÁH" esta pessoa:
- Primeiro: Nega a OBRA do MESSIAS - MASHIÁCH, pois ao confiar em si mesma para
justificação, NEGA-SE a OBRA do madeiro(cruz).
- Segundo: Teria que praticar toda a "LEI" de forma correta, pois automaticamente ao QUEBRAR um MANDAMENTO, estaria sendo passível ao recebimento das maldições descritas na "TORÁH" aos que não cumprem seus mandamentos. A não prática da "TORÁH" induz à maldição. Por isso PAULO continua: "... é evidente que, pela Torá, ninguém é justificado diante de D'us, porque o justo viverá pela fé [fidelidade]" - (v.11).
"O Messias nos resgatou da maldição da lei, fazendo-se ele próprio
maldição em nosso lugar, porque está escrito: Maldito todo aquele que for
pendurado em madeiro" - (Gl 3.13).
SIM, louvado seja o ETERNO por isto! Pois, não estamos mais passíveis à
maldição. Pois, "não confiamos em nosso esforço humano para sermos justificados".
Antes, confiamos na maravilhosa OBRA de "YESHUA" e na capacitação que o "ESPÍRITO de D'US" nos dá de sermos justos (ver comentário acima sobre Romanos 8.2). Nossa
justiça vem pela firme fidelidade à OBRA que "YESHSUA" realizou por nós.
Obviamente, depois que fomos alcançados por sua obra salvadora, recorremos a
vida justa, não porque simplesmente queremos vivê-la, mas porque ela brota
naturalmente de nossas vidas, pois temos uma "TORÁH VIVA" em nossos corações que
nos leva a uma vida justa (Jr 31.31 e seg). Não praticamos a "TORÁH" para sermos
salvos, mas porque JÁ SOMOS salvos.
"YESHUA" levou as maldições da "TORÁH", o apedrejamento, o enforcamento, os açoites,
no madeiro
afim de que sejamos obedientes, não por ameaças, mas por amarmos profundamente o ETERNO, dedicando nossas vidas à SUA maravilhosa OBRA.
Concluímos com tudo isto, que é necessária uma revisão cautelosa dos conceitos
teológicos que são adotados hoje pelo cristão. E também pelo judeu que afirma
que O APÓSTOLO PAULO era contra a "TORÁH". Vai minha crítica também ao dogmatismo
dispensacionalista(*), que insiste em DIVIDIR a BÍBLIA em duas principais
dispensações (digo duas, pois comumente é aceito que existem 7 dispensações
bíblicas), a "DISPENSAÇÃO da LEI" (mosaica) e a "DISPENSAÇÃO da GRAÇA". Estes
conceitos são aceitos hoje como quase canônicos, mas em nenhum momento PAULO ou OS APÓSTOLOS se preocuparam em DIVIDIR as ESCRITURAS desta forma. Obviamente,
porque esta divisão nunca existiu na ERA APOSTÓLICA (Século I ou Primeiro Século).
(*) O dispensacionalismo: Escola teológica que insiste dividir as escrituras em
múltiplas dispensações, ou períodos, onde D'US agia de forma diferente. Destacam-se J.N. Darby 1830, Scholtfield, Charles
Ryrie, Stanley Horton, Dwint Pentecost, e outros. Donde surgiu a idéia
de sete dispensações: Inocência, Consciência, Governo Humano, Monarquia, Lei,
Graça e Milênio. A Bíblia nunca se dividiu desta forma. A Bíblia descreve "ALIANÇAS ou PACTOS". Mesmo assim, um "pacto" nunca aboliu o outro, por isso PAULO disse que "os gentios no Messias foram aproximados" das ALIANÇAS: “naquele tempo,
estáveis sem o Messias, separados da comunidade de Israel e estranhos às
ALIANÇAS DAS PROMESSAS (...) Mas, agora no Messias Yeshua, vós, que antes
estáveis longe, fostes aproximados pelo sangue do Messias”. - (Ef. 2.12 e 13).
"Anulamos a Torá pela fé? Não, de maneira nenhuma! Antes, confirmamos a
Torá" - (Romanos 3.31).
NOTA: Alguns textos analisados, para alguns, não são de autoria Paulina.
Hebreus por exemplo pelo ponto de vista pessoal do autor desta matéria foi
escrito pelo Apóstolo Paulo.
SHALOM ADHONAI YESHUA ÉLOHIM HÁ MASHIÁCH!
BARÚCH HÁ SHEM!
VOZ MISSIONÁRIA
***Fonte de Pesquisa:
- Igor M.
- Bíblia de Estudos Pentecostal.
- Comentário Bíblico do Novo Testamento.
- Comentário Bíblico Judaico.
- Virkler, Henry A. - Hermenêutica Avançada - Editora Vida - Pg. 109 - 1998 - 5º Impressão.